Decisão do campeonato fica para a última rodada

Empate em 1 a 1 entre paulistas e cariocas impediu hexacampeonato do Tricolor do Morumbi neste domingo. Vitória do Grêmio pressiona o líder

A festa estava armada no estádio do Morumbi. Mais de 66 mil pessoas, a maioria com bandeirinhas empunhadas e algumas até com faixa de campeão no peito, compareceram na expectativa da confirmação do hexacampeonato do São Paulo. Só não contavam que o maior carrasco do ano, o Fluminense, novamente atrapalharia os seus planos. Se o Tricolor Paulista deu adeus à Libertadores deste ano ser eliminado pelo xará carioca, desta vez o time das Laranjeiras conseguiu um empate em 1 a 1 na capital paulista.

Assim, a decisão do Campeonato Brasileiro de 2008 ficou para a última rodada, que promete muita emoção, já que o Grêmio venceu (e ainda rebaixou) o Ipatinga e diminuiu de cinco para três pontos a diferença em relação ao líder. No domingo que vem, o time paulista encara o Goiás, no Distrito Federal, e os gaúchos, o Atlético-MG, em Porto Alegre.

Apesar da decepção que fica no ar com a igualdade dentro de casa na penúltima rodada do Brasileirão, o São Paulo segue em situação confortável, precisando apenas de um empate diante do time esmeraldino para levantar pela sexta vez o caneco do Nacional. Já o Grêmio, para ser campeão, precisa vencer o Galo e ainda torcer por uma derrota são-paulina. Neste caso, ambos terminariam a competição com 72 pontos, mas o Tricolor gaúcho conquistaria o tricampeonato (foi campeão em 1981 e 1996) por ter mais vitórias: 21 contra 20.

Vice-campeão da Libertadores e time responsável pelo pior momento clube paulista na temporada, o Fluminense entrou em campo determinado a afastar de vez qualquer risco de rebaixamento para a Segundona. E esse empate contra o favorito ao título brasileiro faz os cariocas, enfim, respirarem aliviados.
Apenas uma improvável combinação de resultados na última rodada colocaria o Flu na Série B – isso porque o Figueirense, que poderia empatar em pontos e vitórias, tem saldo negativo de 26 contra um positivo. E mais: a equipe do técnico René Simões encara o já rebaixado Ipatinga, no Maracanã, no próximo domingo.

Borges assusta; Washington assombra

Campeonato por pontos corridos não tem final, é verdade. Mas a partida entre São Paulo e Fluminense começou como tal. Carrasco da equipe do Morumbi na Libertadores da América, o atacante Washington por pouco não abriu o placar aos 33 segundos. Após cruzamento de Arouca, ele desviou fraco e Rogério Ceni defendeu.

O susto despertou o São Paulo. Com postura de campeão, os donos da casa foram para cima dos cariocas. E foi o artilheiro Borges o responsável pelos melhores momentos de perigo. O camisa 17 começou sua série aos três minutos, quando aproveitou rebote na grande área. O chute saiu fraco e Fernando Henrique defendeu.

Aos nove, a oportunidade foi mais clara. Hernanes fez ótima jogada e colocou a bola na área para Borges, que dominou e mandou no lado de fora da rede. Cinco minutos depois, o atacante mostrou oportunismo ao aproveitar chute errado de Hernanes. Na cara do gol, ele bateu e assistiu à excelente defesa do goleiro do Fluminense.

A bola ainda “procurou” por Borges no lance seguinte, após a cobrança de escanteio, mas ele mandou de cabeça, rente à trave esquerda. Mas este lance antecedeu um momento ruim do São Paulo. Sem conseguir abrir o placar, os anfitriões perderem o controle da partida.

Melhor para o Fluminense, que aos 18 minutos incomodou o São Paulo novamente com Washington, travado por Rodrigo na hora do chute. Aos 25, teve ainda uma cabeçada de Luiz Alberto na trave, após cobrança de falta de Conca. Os dez minutos seguintes foram mornos. Ansioso, o time da casa caiu de produção.

Foi preciso Miranda sair da zaga para criar uma nova boa chance para o São Paulo, aos 35. Ele desarmou um adversário, trocou passe com Jorge Wagner e colocou Dagoberto em boa condição, mas o atacante mandou para fora. Hugo também teve chance de cabeça, dois minutos depois, mas desperdiçou.

Insatisfeito, o goleiro e capitão Rogério Ceni resumiu assim o que viu na primeira etapa no estádio do Morumbi:

– Poderia ser bem melhor.

Muitas vezes neste Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho fez a diferença no intervalo. Suas broncas no time alteraram em algumas ocasiões a postura dos jogadores em campo. Mas neste domingo, no começo do segundo tempo, quem se destacou foi o técnico do Fluminense, René Simões.

O comandante do clube carioca voltou para a etapa final com Tartá no lugar de Maicon. E logo em seu primeiro lance, o meia-atacante mostrou oportunismo. Washington recebeu na grande área e chutou em cima de Rogério Ceni. No rebote, Tartá dominou, ajeitou e tocou para o fundo das redes.

Em situação complicada, principalmente por causa da vitória do Grêmio contra o Ipatinga, o líder São Paulo precisou superar o mau futebol apresentado e chegar ao empate na base da raça. E não demorou tanto. Após bola alçada na área por Jorge Wagner, André Dias dividiu de cabeça, e a bola sobrou para Borges, de virada, mandar para o fundo do gol. O chute saiu esquisito, e o goleiro Fernando Henrique, apostando no golpe de vista, apenas acompanhou a bola entrar.

O gol de empate deixou o clima favorável ao São Paulo. Empurrado pela torcida, os comandados de Muricy Ramalho iniciaram pressão, mas também deram espaços para perigosos contra-ataques, especialmente com Tartá, autor do gol carioca e que entrou na etapa final para infernizar os são-paulinos.

Aos poucos, a impaciência tomou conta do torcedor da equipe do Morumbi. E o reflexo foi o mesmo dentro de campo, com um São Paulo nervoso e sem conseguir chegar com perigo. Foi preciso novamente um zagueiro aparecer para fazer as vezes do ataque. Aos 37, André Dias acertou a trave após bola alçada na área.

O mesmo André Dias protagonizou um lance polêmico no fim do primeiro tempo. Aos 41 minutos, ele subiu com Washington na grande área e deslocou o atacante do Fluminense. Lance bastante difícil, mas pênalti que Heber Roberto Lopes deixou passar.

Embora tivesse continuado na pressão, os anfitriões não conseguiram fazer a festa no estádio do Morumbi, como era esperado. A decisão, agora, fica para a última rodada.

SÃO PAULO 1×1 FLUMINENSE
Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Joilson (Richarlyson), Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis) e Jorge Wagner; Borges e Dagoberto (André Lima) Fernando Henrique, Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Ygor), Romeu, Arouca (Maurício) e Conca; Maicon (Tartá) e Washington
Técnico: Muricy Ramalho Técnico: René Simões
Gols: Tartá, aos quatro, e Borges, aos 12 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Jean (São Paulo) e Fabinho (Fluminense) Público: 66.888 pagantes Renda: R$ 1.387.775
Estádio: Morumbi Data: 30/11/2008 Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR) Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA)

Duelo tricolor terminará em título ou alívio

São Paulo será campeão antecipado se vencer, e Flu praticamente afasta o perigo de rebaixamento se empatar no Morumbi

Ampliar Foto arte/GLOBOESPORTE.COM arte/GLOBOESPORTE.COM

Tricolores de São Paulo e Rio se enfrentam no Morumbi às 17h deste domingo

Todas as atenções estarão voltadas para o Morumbi neste domingo, às 17h (de Brasília). Afinal, São Paulo e Fluminense poderão fazer o jogo do título brasileiro diante de mais de 67 mil pessoas. Ao time paulista, basta uma vitória simples para garantir a taça sem depender de outros resultados. Mas o visitante, que ainda corre um pequeno risco de rebaixamento, pretende impedir a festa do anfitrião.

A TV Globo transmite a partida para o estado de São Paulo e o SporTV 2 para o Rio de Janeiro. O Premiere mostra para todo o país, através do sistema de pay-per-view. O PORTAL FUTEBOL acompanha em Tempo Real, com vídeos, a partir das 17h.

O São Paulo tem 71 pontos, na liderança do Brasileirão , e está a cinco do Grêmio . Se vencer nesta penúltima rodada, não poderá mais ser alcançado pelos gaúchos. Se empatar, terá de torcer por um tropeço dos gaúchos diante do Ipatinga para comemorar o título com antecedência.

O Fluminense tem 43 pontos, está na 13ª posição e tem 1% de chances de cair, segundo o matemático Tristão Garcia. A vitória elimina de vez o fantasma, e mesmo um empate pode garantir a permanência, dependendo de outros resultados. O time, que ficou 23 rodadas entre os últimos colocados, também encara a partida como uma decisão.

Entre os técnicos oponentes, os elogios são muitos. René Simões lembra que Muricy Ramalho já vinha demonstrando um ótimo trabalho desde o Brasileiro de 2005, quando quase foi campeão com o Internacional. Hoje, o comandante são-paulino pode ser tricampeão consecutivo pelo clube paulista.

– O São Paulo tem uma organização espetacular. Por isso, briga pelo título pela terceira vez consecutiva. Só que temos de recordar que o Muricy Ramalho também quase foi campeão pelo Internacional. Perdeu a “final” de 2005 para o Corinthians naquela situação – ressalta René.

Do lado paulista, Muricy sabe que o Fluminense foi um dos poucos times que conseguiram vencer o São Paulo neste Brasileiro. No primeiro turno, o time carioca bateu o paulista por 3 a 1, no Maracanã (assista aos gols). Não foi a única derrota no ano. Pela Libertadores, o Flu ganhou a vaga na semifinal ao vencer pelo mesmo placar. Apesar de ter sido eliminado da competição continental pelo rival deste domingo, Muricy garante que não há rancor.

– Não tenho qualquer tipo de sentimento. Eles mereceram o terceiro gol porque procuraram, não podemos reclamar. Não devemos nos preocupar com o que passou. O Fluminense merecia ser campeão da Libertadores, mas existem coisas no futebol que a gente não pode deixar acontecer, como aconteceu. Como achar que já ganhou e vir um time com menos qualidade e te surpreender – opina Muricy, lembrando a derrota do Flu na final para a LDU.

Com a zaga invicta

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Zaga invicta estará junta neste domingo

Muricy só tem um problema para escalar o time no jogo que pode decidir o tri. Zé Luis sofreu uma operação no joelho durante a semana e não joga mais neste ano. Com isso, Joilson deve ficar na lateral, com Jean e Hernanes na cabeça-de-área. Na defesa, o treinador terá o trio formado por André Dias, Miranda e Rodrigo. Os três ainda não perderam jogando juntos neste Brasileiro.

Mas a defesa terá pela frente Washington, vice-artilheiro do Brasileirão. Hernanes pede cuidado com o atacante.

– Ele finaliza bem, é artilheiro e marca tanto por cima (de cabeça) como por baixo. Merece atenção especial e tem de ser vigiado de perto.

Washington, a esperança de gols

Ampliar Foto Alexandre Cassiano/AGÊNCIA O GLOBO Alexandre Cassiano/AGÊNCIA O GLOBO

Washington espera fazer mais gols neste duelo

Para esta final, o Tricolor do Rio estará completo. O lateral-esquerdo Junior Cesar recuperou-se de uma contusão no joelho esquerdo e está confirmado. No ataque, Washington é a esperança de gols do time. Ele já marcou cinco vezes contra o São Paulo nesta temporada, mas rejeita o rótulo de carrasco.

– Não gosto de ser chamado de carrasco. Esta é uma palavra muito pesada. Prefiro acreditar que venho sendo abençoado nas partidas contra o São Paulo nesta temporada. Foram cinco gols em dois jogos que ajudaram o time a sair de campo com as vitórias. Espero ser útil novamente neste momento em que precisamos escapar do rebaixamento – afirma Washington.
O Coração Valente ainda briga pela artilharia da competição. Está com 20 gols, um a menos do que o santista Kléber Pereira, que não joga mais em 2008 por ter sido suspenso por duas partidas pelo STJD depois de acusar o árbitro Elmo Resende de estar com o bolso cheio após a derrota santista para o Vasco.

SÃO PAULO FLUMINENSE
Rogério Ceni, André Dias, Rodrigo e Miranda; Joílson, Hernanes, Jean, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges. Fernando Henrique, Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho, Romeu, Arouca e Conca; Maicon e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho. Técnico: René Simões
Estádio: Morumbi. Data: 30/11/2008. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR). Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Álvaro Rocha de Matos(Fifa/BA).
Transmissão: A TV Globo transmite a partida para o estado de São Paulo, e o SporTV 2 para o Rio de Janeiro. O Premiere, pelo sistema pay-per-view, mostra para todo o país.
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 17h (de Brasília).

Menos chato, Muricy evita comparação com Telê: ‘Ele foi um fora de série’

Treinador do São Paulo diz que seu mestre foi mais ranzinza, mas não acredita que esteja no mesmo patamar dele no futebol brasileiro

Ampliar Foto Wladimir de Souza/Diário de S.Paulo Wladimir de Souza/Diário de S.Paulo

Para Muricy, Telê é incomparável

Muricy Ramalho nunca escondeu que se considera um discípulo de Telê Santana. Mas o aprendiz consegue superar o mestre? Na opinião do treinador que poderá igualar o feito de Rubens Minelli e se transformar em tricampeão brasileiro, neste domingo, contra o Fluminense, não.

– É muito difícil chegar perto do que o Telê fez. Ele foi um fora de série, esteve em duas Copa do Mundo, é bicampeão mundial com o São Paulo. Mas é claro que o tenho como referência. Ser igual a ele é complicado demais. O Telê falava que era impossível ser perfeito, mas que era importante pelo menos chegar perto da perfeição. Ele foi um cara muito determinado, que se entregava ao trabalho – afirma Muricy, ex-auxiliar de Telê no Tricolor.

A diretoria do São Paulo, contudo, pensa o contrário. O presidente Juvenal Juvêncio disse que a intenção é transformá-lo no novo Telê Santana, que permaneceu no Morumbi por cinco temporadas e viveu um dos momentos mais gloriosos da história do Tricolor no início dos anos 90.

– Eu acho que o presidente quis dizer pelo tempo que eu posso ficar aqui. São quase três anos (desde janeiro de 2006). Restam mais dois anos para igualar. Eu vou ficar fazendo a minha aqui é está bom demais – explica.

Mas não é apenas na qualidade do trabalho que Muricy Ramalho se coloca abaixo de Telê Santana. Para ele, o falecido treinador era também bem mais ranzinza.

– O Telê era mais chato que eu, bem mais chato. E olha que vocês (jornalistas) sabem que eu sou chato. Vocês não vieram nada (risos). Ele era louco pelo trabalho, acordava 6h para ver os campos e tinha uma parte disciplinar fortíssima. Era bom para dirigir time de craques – completa.

Na esteira de sucessos anteriores, São Paulo já prepara camisa ‘6-3-3’ do hexa

Possibilidade de título brasileiro vir no domingo faz empresa de material esportivo correr para ter camisetas prontas.

Com a possibilidade de o São Paulo se consagrar campeão brasileiro neste domingo, caso vença o Fluminense, no Morumbi, a Reebok, empresa que fornece materiais esportivos para o time paulistano, trabalha desde o começo da semana no lançamento da camisa comemorativa para o título.

E na esteira do sucesso dos campeonatos anteiores, quando a equipe comemorou o tetracampeonato da competição com a blusa “4-3-3”, em 2006, e festejou o penta com a “5-3-3”, em 2007, todas em alusão também aos títulos da Libertadores e do Mundial, a empresa já prepara a esperada “6-3-3”, em comemoração ao hexacampeonato do torneio.

Na internet, a brincadeira com a mudança do número de títulos do Nacional já rolava solta desde que o time assumiu a liderança da competição, na 33ª rodada. Em comunidades de relacionamentos e sites de torcidas do São Paulo, os torcedores brincavam, dizendo que estavam em “obras” para trocar o cinco do penta pelo seis do hexa do Brasileiro.

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São-paulinos comemoram indicações ao prêmio Craque Brasileirão

Muricy Ramalho, Rogério Ceni, André Dias, Miranda, Hernanes e Jean são os indicados do Tricolor como os melhores de seus postos

Ampliar Foto Wander Roberto/VIPCOMM Wander Roberto/VIPCOMM

Ceni está novamente entre os tricolores indicados ao Prêmio Craque Brasileirão

A boa fase do São Paulo no Campeonato Brasileiro começa a refletir fora de campo. Com seis indicações, o Tricolor Paulista aparece bem na lista de finalistas ao prêmio Craque Brasileirão, premiação dada aos melhores da competição pela Confederação Brasileira de Futebol.
O goleiro Rogério Ceni, os zagueiros Miranda e André Dias, além do meia Hernanes, são os representantes do Tricolor em suas posições. O volante do time do Morumbi também aparece como postulante ao título de craque da galera e melhor jogador do campeonato. Além deles Jean figura na lista da categoria revelação e Muricy Ramalho está indicado ao prêmio de melhor técnico.

– Fico muito contente por estar mais um ano concorrendo, já que no ano passado tive a oportunidade de ganhar. Vejo essa indicação como reconhecimento do trabalho que venho fazendo junto com meus companheiros no São Paulo – diz Miranda, ao site oficial do São Paulo.

André Dias, que também já havia sido indicado para o prêmio em 2005, quando ainda atuava pelo Goiás, comemorou bastante a aparição de seu nome na lista.
– Depois de dois anos lutando para manter a regularidade e conseguir a confiança dos torcedores, vejo como um sonho realizado – diz.

Mais nova revelação do Tricolor na temporada, Jean não escondeu a satisfação pela indicação, algo que já vinha comentando em suas entrevistas. Perto de debutar no profissional com um título de grande expressão, ele agora pode também ter seu primeiro prêmio individual.
– Nunca escondi que depois de um possível título esse era meu maior objetivo. Apesar da forte concorrência, espero fechar esse ano campeão e eleito como a revelação do campeonato – sonha o volante de 22 anos.
Mais experimentado na disputa, Muricy Ramalho pode chegar ao seu quarto título consecutivo como melhor técnico do torneio –já venceu em 2005, com o Inter, e nos anos subseqüentes com o São Paulo.
– Ser indicado mostra que o trabalho vem sendo bem feito e, para mim, é motivo de muito orgulho concorrer pela quarta vez – avalia o comandante do líder do Brasileiro.
Outro que já conhece bem a concorrência entre os melhores do Nacional é o goleiro Rogério Ceni. Eleito o melhor atleta do ano passado, o camisa 1 do Tricolor figura mais uma vez entre os indicados ao posto de melhor goleiro.

– Fico contente por mais uma vez ser lembrado e feliz por novamente poder estar, pelo quarto ano consecutivo, indicado entre os três melhores goleiros. Para mim é um privilégio poder a cada ano que passa voltar ao Rio de Janeiro concorrendo a um prêmio importante como esse.

Destaque na defesa são-paulina, Miranda sonha fazer o gol do título no Morumbi

‘Valeria mais que todos os gols que a equipe fez no Brasileiro’, diz o zagueiro, que ainda não marcou na competição

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Miranda sonha marcar gol do título

A eficiência de Miranda no sistema defensivo do São Paulo é destacada pelo técnico Muricy Ramalho. À frente de Rogério Ceni, o zagueiro se desdobra para que o capitão não seja incomodado pelos adversários. Mas quando vai ao ataque, o desempenho do camisa 5 é diferente.

Ainda sem ter marcado um único gol nesta edição do Campeonato Brasileiro, Miranda sonha em anotar o seu  justamente na partida que pode dar o título Nacional ao Tricolor. Se vencer o Fluminense neste domingo, no Morumbi, o São Paulo levantará seu terceiro caneco consecutivo da competição.

– Com certeza eu penso nisso. Seria importante marcar, pelo menos uma vez, ainda mais se esse gol fosse o do título, pois valeria mais que todos os gols que o São Paulo venha a fazer no decorrer do campeonato – diz o defensor, que foi indicado ao prêmio Craque Brasileirão em sua posição, ao site oficial do clube.

Caso não consiga marcar contra a equipe carioca, Miranda ainda terá uma última chance na partida contra o Goiás, no próximo domingo, no Bezerrão.

Sem poder ver o tri, Andreas Kisser homenageia São Paulo com hino especial

Guitarrista estará em turnê com o Sepultura no dia do jogo no Morumbi. Colecionador de camisas, ele exalta Ceni e diz que agora hexa só tem um.

Andreas Kisser convive com a ansiedade nos dias que antecedem o duelo decisivo entre o líder do Brasileiro e o Fluminense , neste domingo, no Morumbi. A vitória dará ao  São Paulo o terceiro título consecutivo do torneio nacional, além do hexa no total. Mas o guitarrista do Sepultura não estará entre os mais de 63 mil torcedores que irão ao estádio, pois viajou para uma turnê nas Filipinas com a banda, na última quarta-feira. Antes de deixar o Brasil, prestou sua homenagem ao clube do coração, no melhor estilo “metal”, com a execução do hino na guitarra

– Não vou ver o título. Dos últimos Brasileiros, tive a oportunidade de estar no estádio em 2006, mas ano passado fui com a banda para a Índia. Fiquei sabendo de longe. Acompanho pela Internet, por rádio, e tenho três amigos que estão escalados para mandar mensagens de texto com tudo o que acontecer no jogo. Estarei distante, mas quem sabe assim não dá sorte novamente? – ressalta o músico.

Andreas volta ao Brasil na segunda e espera comprar todos os jornais, revistas especializadas e, claro, a faixa de campeão. Sem deixar de dar uma provocada nos rivais, lembra da discussão sobre quem seria o primeiro penta, que surgiu em 2007, quando o São Paulo conquistou o quinto título e reivindicou a “taça das bolinhas”, cobiçada também pelo Flamengo . Ninguém levou o troféu especial.

– Qualquer um pode discutir quem é penta primeiro ou não, mas hexa não tem outro (risos) – diverte-se ele, que planeja ir a Brasília acompanhar o jogo da última rodada, contra o Goiás , porque o campeonato pode ser histórico para o clube.

Ampliar Foto Carolina Elustondo/GLOBOESPORTE.COM Carolina Elustondo/GLOBOESPORTE.COM

Andreas diz que São Paulo é um time de fé

Assim como os jogadores e a torcida, Andreas não acreditava que o Tricolor Paulista fosse se recuperar após estar a 11 pontos do então líder Grêmio.
– Estava confiante na Libertadores com o Adriano, mas perdemos em um jogo espetacular contra o Fluminense e aquilo deu uma baqueada no time, que demorou a retomar a alegria de jogar, mas sempre se manteve entre os primeiros seis colocados. E depois conseguiu uma seqüência de 16 jogos sem perder, algo que ninguém botaria fé, mas como o São Paulo é o time da fé, mostrou que era possível, e estamos a um ponto do tri.

A primeira vez do guitarrista no estádio foi em 1975, quando seu pai o levou para ver uma vitória tricolor por 1 a 0 sobre o Santos , com gol de Terto . Depois, sua geração acompanhou muitos momentos de glória. O maior do qual o músico participou foi do primeiro título da Libertadores, em 1992. Agora, ele ainda deseja realizar o sonho de ver o time em ação pelo Mundial de Clubes.
– Desde o primeiro Mundial tento ir com meu pai, mas a agenda de shows não permite. Estive no Japão logo depois do primeiro título e consegui material especial sobre o São Paulo com os fãs japoneses. Minha geração acompanhou todas as grandes conquistas do clube. Não poderia ter escolhido hora melhor para nascer – celebra o músico, hoje com 40 anos.

Ampliar Foto Carolina Elustondo/GLOBOESPORTE.COM Carolina Elustondo/GLOBOESPORTE.COM

Andreas mostra a camisa personalizada

Andreas Kisser convive com a ansiedade nos dias que antecedem o duelo decisivo entre o líder do Brasileiro e o Fluminense , neste domingo, no Morumbi. A vitória dará ao  São Paulo o terceiro título consecutivo do torneio nacional, além do hexa no total. Mas o guitarrista do Sepultura não estará entre os mais de 63 mil torcedores que irão ao estádio, pois viajou para uma turnê nas Filipinas com a banda, na última quarta-feira. Antes de deixar o Brasil, prestou sua homenagem ao clube do coração, no melhor estilo “metal”, com a execução do hino na guitarra.

– Não vou ver o título. Dos últimos Brasileiros, tive a oportunidade de estar no estádio em 2006, mas ano passado fui com a banda para a Índia. Fiquei sabendo de longe. Acompanho pela Internet, por rádio, e tenho três amigos que estão escalados para mandar mensagens de texto com tudo o que acontecer no jogo. Estarei distante, mas quem sabe assim não dá sorte novamente? – ressalta o músico.

Andreas volta ao Brasil na segunda e espera comprar todos os jornais, revistas especializadas e, claro, a faixa de campeão. Sem deixar de dar uma provocada nos rivais, lembra da discussão sobre quem seria o primeiro penta, que surgiu em 2007, quando o São Paulo conquistou o quinto título e reivindicou a “taça das bolinhas”, cobiçada também pelo Flamengo . Ninguém levou o troféu especial.

– Qualquer um pode discutir quem é penta primeiro ou não, mas hexa não tem outro (risos) – diverte-se ele, que planeja ir a Brasília acompanhar o jogo da última rodada, contra o Goiás , porque o campeonato pode ser histórico para o clube.

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Andreas diz que São Paulo é um time de fé

Assim como os jogadores e a torcida, Andreas não acreditava que o Tricolor Paulista fosse se recuperar após estar a 11 pontos do então líder Grêmio.
– Estava confiante na Libertadores com o Adriano, mas perdemos em um jogo espetacular contra o Fluminense e aquilo deu uma baqueada no time, que demorou a retomar a alegria de jogar, mas sempre se manteve entre os primeiros seis colocados. E depois conseguiu uma seqüência de 16 jogos sem perder, algo que ninguém botaria fé, mas como o São Paulo é o time da fé, mostrou que era possível, e estamos a um ponto do tri.

A primeira vez do guitarrista no estádio foi em 1975, quando seu pai o levou para ver uma vitória tricolor por 1 a 0 sobre o Santos , com gol de Terto . Depois, sua geração acompanhou muitos momentos de glória. O maior do qual o músico participou foi do primeiro título da Libertadores, em 1992. Agora, ele ainda deseja realizar o sonho de ver o time em ação pelo Mundial de Clubes.
– Desde o primeiro Mundial tento ir com meu pai, mas a agenda de shows não permite. Estive no Japão logo depois do primeiro título e consegui material especial sobre o São Paulo com os fãs japoneses. Minha geração acompanhou todas as grandes conquistas do clube. Não poderia ter escolhido hora melhor para nascer – celebra o músico, hoje com 40 anos.

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Andreas mostra a camisa personalizada

Goleiro amador, Andreas viu em Valdir Peres seu primeiro ídolo. Depois cultivou outros: Raí , Müller , Cerezo , Chulapa … Mas hoje é fã de Rogério Ceni . Realizou um sonho de moleque ao conhecer o camisa 1, além de ver de perto o técnico Muricy Ramalho e a estrutura do clube.

– Ninguém chega perto do Rogério, que quebrou todos os recordes. É um cara que representa o time, assume ser são-paulino, joga com o coração. Acho que o Marcos (do Palmeiras) poderia ser comparado com ele por esta identidade com um clube, mas assim mesmo está muito longe do Rogério – destaca o músico, que coleciona camisas de futebol e tem cerca de 70 só do São Paulo. Algumas foram presentes do ídolo.

– Ninguém chega perto do Rogério, que quebrou todos os recordes. É um cara que representa o time, assume ser são-paulino, joga com o coração. Acho que o Marcos (do Palmeiras) poderia ser comparado com ele por esta identidade com um clube, mas assim mesmo está muito longe do Rogério – destaca o músico, que coleciona camisas de futebol e tem cerca de 70 só do São Paulo. Algumas foram presentes do ídolo.

Para Rogério Ceni, prêmio de melhor do Brasileirão já tem dono: Hernanes

Goleiro rasga elogios ao volante e diz que ele será eleito o craque do torneio. Alex, do Inter, e Kléber Pereira, do Santos, estão na briga

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Hernanes em alta com o capitão

Rogério Ceni não é vidente, mas atuou como se fosse nesta sexta-feira. E em favor de um companheiro. Para o capitão do São Paulo, que foi o melhor jogador do Brasileiro no ano passado, o Prêmio Craque Brasileirão 2008 já é uma barbada pela presença do volante Hernanes, um dos principais destaques do Tricolor na temporada.

– Ele foi indicado e será escolhido o melhor do Campeonato Brasileiro. Tenho convicção. Será feita justiça com todos os méritos. Ele é um jogador diferenciado e fez por merecer essa indicação. É um ser humano diferenciado, um menino inteligente e de muito bom caráter, que vem nos ajudando muito – afirma.

Mais comedido, o técnico Muricy Ramalho também fez elogios ao atleta, mas ressaltou as qualidades dos concorrentes Alex, do Internacional, e Kléber Pereira, do Santos. A escolha do melhor do ano será no dia 8 de dezembro, em evento no Rio de Janeiro.

– O Hernanes realmente fez um grande campeonato e desequilibrou em algumas partidas. Foi como os outros dois, que também foram muito bem indicados. Com certeza, vou torcer pelo Hernanes – diz.
Muricy Ramalho, aliás, acredita que o volante do São Paulo vai colher os frutos do bom futebol com uma oportunidade na seleção brasileira. No último domingo, após a vitória sobre o Vasco, em São Januário, um fato raro: o treinador tricolor elogiou Hernanes perante aos outros atletas nos vestiários.

– Eu acho que, quando um jogador merece, a gente tem que dar apoio. Ele está no caminho certo para atingir o objetivo, que é a seleção. Nessa batida que está, nada mais justo – completa.

Hernanes comemora tripla indicação e acha que agradou a ‘gregos e troianos’

Meia são-paulino, indicado para três prêmios, acha que a sua grande reviravolta foi após as Olimpíadas

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Hernanes agradece os votos que recebeu

Principal nome na indicação ao Prêmio Craque Brasileirão, anuciada nesta quinta-feira pelo técnico Dunga, o meia são-paulino Hernanes comemorou e agradeceu pela lembrança de quem votou nele. Para o camisa 15 do Tricolor, o mais difícil foi agradar a diversos tipos de segmentos.

– É uma felicidade muito grande, pois agradar a gregos e troianos não é fácil. É muito bom ser reconhecido pela torcida, pela imprensa e pelos demais companheiros – diz Hernanes.

Ele concorre nas categorias Craque da Galera, com votação abertas aos internautas, craque do campeonato e melhor volante. Para as duas últimas categorias, jogadores, técnicos e jornalistas votaram.

– A alegria é ainda maior, já que o ano parecia difícil.

Hernandes refere-se à eliminação da seleção brasileira das Olimpíadas de Pequim, quando o Brasil foi perdeu para a Argentina nas semifinais. Quando ele voltou ao Brasil, foi criticado por ter caído de produção.

– A perda das Olimpíadas foi uma grande decepção. Mas agora houve essa reviravolta. Estou muito feliz e é uma honra receber essas indicações.

No gramado do ‘hexa’, são-paulino Felipe Massa faz partida beneficente

Piloto da Ferrari reúne amigos no estádio do Morumbi para o ‘Futebol dos Pilotos’. Único gol foi marcado pelo comentarista Caio

Pilotos’. Único gol foi marcado pelo comentarista Caio

Ampliar Foto Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM

Massa posa para foto com pilotos no Morumbi

Felipe Massa reuniu amigos, na tarde desta quinta-feira, no estádio do Morumbi, para o já tradicional ‘Futebol dos Pilotos’. A partida beneficente é organizada para promover o encontro dos pilotos com crianças do GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), que também recebem presentes.

Entre os pilotos convidados estavam Lucas Di Grassi e Cacá Bueno. Mas o único gol da partida foi marcado por quem está mais acostumado com as chuteiras do que com os carros de corrida. O ex-são-paulino Caio, hoje comentarista da TV Globo, foi o único que balançou a rede.

Ao final do jogo, Massa estava bastante entusiasmado com o evento. O piloto também não deixou de falar do São Paulo, seu time de coração. No mesmo Morumbi, o Tricolor pode ser hexacampeão brasileiro se vencer o Fluminense.

– Até que a gente cuidou bem do gramado hoje para não estragar para a festa do título domingo.

Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM

Com camisa do São Paulo, o tricolor Felipe Massa reúne amigos no Morumbi. A pelada só teve um gol…

Em recuperação no Reffis, Zé Luis se prepara para sofrer no vestiário

Volante do São Paulo, que faz tratamento no joelho direito, irá ao Morumbi acompanhar jogo contra o Fluminense

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Zé Luis, que não joga mais este ano, exibe os curativos no joelho direito

Recuperando-se de uma artroscopia no joelho direito, o volante Zé Luis se prepara para sofrer no próximo domingo, contra o Fluminense, no Morumbi. O camisa 23 do São Paulo, que não jogará a fase derradeira do Brasileiro, assistirá ao confronto que pode dar o título desde ano ao Tricolor dos vestiários -uma vitória da equipe paulistana basta para garantir o título.

– Vou sofrer mais porque assistirei pela televisão, dos vestiários. Quero que a equipe faça um grande jogo. Depois, espero poder comemorar com o grupo porque somos merecedores disso – diz Zé Luis, que só deve voltar a ter contato com a bola no começo de 2009.

Apesar de ficar longe da decisão do título pela segunda vez consecutiva –ele teve um problema na coluna cervical no campeonato do ano passado-, Zé Luis afirma que comemorará o título da mesma maneira que seus companheiros, pois participou de 29 partidas do torneio e se revelou como o novo curinga do técnico Muricy Ramalho.

– Pude dar minha contribuição e foi muito legal. Estou feliz porque pudemos virar uma situação que ninguém esperava.

Após quase saída, Hugo comemora: ‘Vivo meu melhor momento na carreira’

Meia, que chegou a treinar isolado no CT, festeja virada na carreira e aponta cabeceio e marcação como fundamentais pela mudança

Ampliar Foto Alexandre Durão/GLOBOESPORTE.COM Alexandre Durão/GLOBOESPORTE.COM

Hugo, um dos artilheiros do Tricolor

De preterido até do banco de reservas a artilheiro do São Paulo no Campeonato Brasileiro, com 14 gols, ao lado de Borges. A vida de Hugo mudou drasticamente em poucos meses nesta temporada. Mesmo depois de chegar a treinar separado do elenco principal do Tricolor por deficiência técnica, o meia considera que 2008 é o melhor ano de sua carreira. Tudo por causa de dois fatores: o cabeceio e a marcação.

– Pela minha análise, vivo meu melhor momento na carreira. Tive uma temporada no Grêmio, em 2006, mas acho que consegui superar. Fiz gols importantes aqui e me adaptei a uma maneira de jogar – afirma.

No ano passado, Hugo foi suspenso por 120 depois de dar uma cusparada em Batista, do Paraná Clube. Aliada à queda de rendimento, o jogador caiu em desgraça e só voltou a freqüentar o banco de reservas pelo técnico Muricy Ramalho não ter quem levar para o setor durante a Taça Libertadores.

O tempo de inatividade, contudo, serviu para aprimorar alguns fundamentos que foram muito úteis em seu retorno. De apenas um armador, o jogador passou a ser essencial na marcação e na chegada ao ataque, sobretudo pelo alto. Tanto que, dos 14 gols, sete foram de cabeça.

– Eu não tinha o cabeceio e a marcação. Hoje, estou muito bem condicionado para conseguir ajudar lá atrás e chegar bem à frente. Há alguns anos, eu não conseguia. O trabalho me ajudou bastante a ter esses fundamentos, que melhoraram meu futebol – acrescenta.

Campeão no ano passado pelo Tricolor, Hugo reconhece que a provável conquista em 2008 ficará marcada para ele, principalmente por estar colaborando mais com a equipe de Muricy Ramalho.

– Vai ser diferente por estar participando diretamente. No ano passado, eu era o artilheiro da equipe, mas teve aquele incidente (cusparada e suspensão). Agora, estou sendo mais decisivo – completa.

Após fase ruim no Nacional, Hernanes comemora bom momento do São Paulo

Volante do Tricolor afirma que manutenção da liderança está sendo mais tranqüila do que arrancada para o tricampeonato

Ampliar Foto Wander Roberto/VIPCOMM Wander Roberto/VIPCOMM

Chegar ao topo foi mais complicado do que manter a liderança, diz Hernanes

O entusiasmo pela proximidade do tricampeonato brasileiro é contido. Mas a satisfação por ver o título cada vez mais perto é evidente em Hernanes. Depois de ver seu time estar 11 pontos atrás do então líder Grêmio, o volante do São Paulo, uma das referências da equipe em campo, não esconde que está feliz por poder fazer parte a historia do clube. Mas ele também não esquece que o caminho do time para o possível êxito não foi nada fácil.

– Arrumar forças para chegar até aqui foi difícil – avalia o camisa 15 do Tricolor, lembrando que agora a equipe tem um pouco de folga para o rival gaúcho, uma vez que tem cinco pontos à frente.

O terceiro título consecutivo da equipe pode vir neste domingo, contra o Fluminense, no Morumbi. Uma vitória deixa o time paulistano como o recordista de taças no Brasileiro, com seis no total –venceu também em 1977, 1986, 1991, 2006 e 2007.

– Agora é o momento bom, pois dependemos só de nós. Complicado foi quando estávamos atrás. Essa fase é boa, apesar da ansiedade, mas temos de aproveitar sem querer que passe logo porque foi duro chegar até aqui.

São Paulo faz campanha para ajudar desabrigados de Santa Catarina

Doações poderão ser feitas no portão 1 do Morumbi a partir desta quinta até sábado. No domingo, os portões de acesso ao estádio receberão itens

São paulo entrou na campanha de solidariedade que mobiliza o país para ajudar as vítimas de enchentes e desabamentos em Santa Catarina. Com o apoio da Defesa Civil, o clube promoverá, como parte das ações desenvolvidas pelo “São Paulo Social”, uma campanha de arrecadação de materiais.

Carlos Augusto Ferrari/GLOBOESPORTE.COM

O São Paulo entrou na campanha para ajudar os desabrigados em Santa Catarina. A torcida poderá colaborar com a doação de peças de vestuário, cobertores e alimentos não perecíveis

As doações poderão ser entregues no portão 1 do Estádio do Morumbi, das 8h às 20h desta quinta-feira até o próximo sábado. No domingo, dia da partida contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, as doações poderão ser feitas nos portões de acesso desde a abertura até o intervalo do jogo.

As doações serão encaminhadas para Santa Catarina através da transportadora parceira do clube. A Defesa Civil recomenda os seguintes cuidados para quem pretende fazer as doações:

– Os alimentos devem estar dentro do prazo de validade e com a embalagem intacta. De preferência, devem ser não-perecíveis;

– Colchões e roupas de cama devem estar em bom estado de conservação, limpos e prontos para utilização;

– Roupas e calçados também devem estar limpos e em condições de uso. Sapatos devem estar amarrados entre si (pé direito com esquerdo) e a numeração deve ser marcada do lado externo com caneta;

– Utensílios domésticos devem estar funcionando e bem conservados.

Homem de gelo do Tricolor, Hernanes filosofa e promete pouca festa pelo título

Volante se classifica como um jogador frio e recebe até puxão de orelhas da família por quase não aparecer nas comemorações do São Paulo

Carlos Augusto Ferrari e Julyana Travaglia São Paulo

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Hernanes: sem badalação no São Paulo

Ele não se veste como jogador, dispensa o uso de jóias reluzentes, não fala como “boleiro” e adora uma frase de efeito sobretudo quando o assunto é religião ou trabalho. Hernanes, um dos grandes destaques do São Paulo na temporada, pode ser considerado um atleta diferenciado não só pelo ótimo futebol que vem apresentando, mas também pela aversão ao estrelato. Apesar de estar cada vez mais em alta, o volante não se empolga nem mesmo com a possibilidade de conquistar seu segundo título brasileiro pelo Tricolor e mostra uma frieza rara na profissão. Festa pelo caneco? Só para os companheiros.

– Sou um cara que não se deixa dominar pela paixão. No ano passado, comemorei sem extravagância. Sou frio. A empolgação é traidora – afirma.

Hernanes, aliás, encontra resistência dentro de casa pelo jeito fechado. Alguns parentes sentem falta de vê-lo vibrar na televisão pela conquista de algum título do Tricolor. No ano passado, ele foi fundamental na campanha que deu ao São Paulo a quinta taça do Brasileirão, marcando um dos gols na vitória por 3 a 0 sobre o América-RN, que valeu o caneco.

– Meus familiares falam que não me vêem comemorando, pedem para que eu vá lá para frente pular. Mas tenho minha forma de comemorar. Procuro estar sempre bem consciente do que fazer – acrescenta.

Como de costume, o volante não poderia deixar de soltar uma de suas pérolas filosóficas. No último domingo, um fato raro aconteceu nos vestiários de São Januário. Após a ótima exibição na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, Hernanes recebeu elogios rasgados do técnico Muricy Ramalho, que dificilmente exalta as qualidades de um único jogador. Hernanes, porém, quer cautela.

– O elogio é complicado. Há um provérbio que diz que aquele que elogia o próximo arma-lhe uma cilada. Você começar a acreditar no que dizem é difícil. Se o elogio não é assimilado corretamente, torna-se uma cilada para a pessoa – completa.

Hernanes sobre Washington, algoz do São Paulo: ‘Tem de ser vigiado de perto’

Carrasco na eliminação do Tricolor Paulista da Libertadores, atacante é a principal preocupação do time do Morumbi

Carlos Augusto Ferrari e Julyana Travaglia São Paulo

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Washington é a maior preocupação do São Paulo para o jogo contra o Fluminense

Algoz do São Paulo na partida das quartas-de-final da Libertadores, o atacante Washington é a principal preocupação do time paulistano para a partida contra o Fluminense, neste domingo, no Morumbi. Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 20 gols, ao lado do atacante de Keirrison, do Coritiba, o matador da equipe das Laranjeiras deve ter companhia de tricolores rivais no encontro.

– Ele finaliza bem, é artilheiro e marca tanto por cima (de cabeça) como por baixo. Merece atenção especial e tem de ser vigiado de perto – pondera Hernanes, lembrando que o atacante foi o autor do gol que tirou sua equipe da Libertadores.

Apesar da derrota por 3 a 1 no Maracanã, na época do torneio continental, o volante descarta qualquer espírito de revanche pela eliminação considerada precoce no Tricolor Paulista. Caso vença o confronto deste domingo, o São Paulo chegará ao seu terceiro título do Brasileiro consecutivo.

– Gosto de pensar que cada jogo é uma história particular. Não ganhamos a Libertadores, mas agora tem o Brasileiro. O gosto de ser campeão prevalece independente de Fluminense, Goiás ou Vasco.

Hernanes: ‘O time criou vergonha na cara’

Volante elogia comportamento do grupo para a virada no Brasileiro e revela que elenco chegou a pensar que o título era impossível

Carlos Augusto Ferrari e Julyana Travaglia São Paulo

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Hernanes divide méritos com a equipe

De um time que lutava apenas por uma vaga na Taça Libertadores, o São Paulo se transformou no líder e quase campeão brasileiro. Mas o que mudou tanto para que o Tricolor ficasse 16 jogos sem perder (dez vitórias e seis empates) e pulasse da sexta para a primeira colocação com quase as duas mãos na taça? O volante Hernanes explica:

– O time criou vergonha na cara – resume.

O jogador, aliás, mostra muita modéstia ao evitar comparação entre o seu retorno da seleção brasileira e o crescimento da equipe no Brasileirão. O Tricolor chegou a estar 11 pontos atrás do Grêmio, mas embalou e agora tem cinco de vantagem para os gaúchos, restando apenas seis em disputa. Hernanes jura que não é o responsável pela mudança.

– O grupo reagiu junto. Gosto de pensar que foi coincidência. Gosto de falar do grupo, que mostrou que é forte e faz a diferença – acrescenta.

Chegar à penúltima rodada precisando de apenas uma vitória para sacramentar o terceiro título consecutivo não estava no planejamento tricolor. O próprio elenco reconhece que, em determinado momento da competição, o sonho de ficar com mais uma caneco estava bastante distante do Morumbi.

– Até a gente não acreditava, mas conseguimos dar uma reviravolta. Por tudo o que envolveu, esse título vai ser especial se vier – completa.

Próximo do título brasileiro, são-paulinos comemoram vaga na Libertadores 2009 Líder do Nacional, time paulistano é o primeiro a assegurar lugar no torneio continental pela competição caseira

Líder do Nacional, time paulistano é o primeiro a assegurar lugar no torneio continental pela competição caseira

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Muricy Ramalho comemorou a vaga antecipada do São Paulo para a Libertadores

A vitória contra o Vasco, no último domingo, em São Januário, não deixou o São Paulo apenas numa situação mais confortável para a conquista do Campeonato Brasileiro. O êxito no Rio de Janeiro serviu também para assegurar ao Tricolor uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano, torneio que disputará pela sexta vez consecutiva.

– É importante isso. Todos estão tão concentrados no objetivo que é o título e esquecem que já classificou para a Libertadores, num campeonato duríssimo. É um objetivo do clube, da torcida e meu também porque não tive a possibilidade de vencer ainda. Já é uma conquista – vibra o técnico Muricy Ramalho.

O zagueiro Anderson, que já teve uma experiência no torneio quando ainda vestia a camisa do Corinthians, em 2003, não esconde a satisfação por poder competir novamente no campeonato intercontinental.

– Aqui tem uma pressão diferente do Corinthians, que nunca foi campeão. Em 2003, tivemos uma das melhores campanhas, mas fomos desclassificados (pelo River Plate) e o time foi desmanchado. Aqui a cobrança é grande mesmo com três títulos da Libertadores e três Mundiais – afirma o defensor, que tem contrato de empréstimo com o clube tricolor até o meio do próximo ano.

Além do São Paulo, somente o Sport já está confirmado na Libertadores do próximo ano, pois é o atual vencedor da Copa do Brasil.

São Paulo está em obras: torcida ironiza rivais com mensagens pela internet

São-paulinos festejam antecipadamente o título brasileiro e já apresentam o 6-3-3 (seis canecos nacionais, três da Libertadores e três mundiais)

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São-paulinos tiram o número 5 e colocam o 6 em alusão aos títulos brasileiros

A torcida do São Paulo encontrou uma maneira engraçada e original para festejar a inesperada reação da equipe, que chegou a ter 11 pontos a menos que o então líder Grêmio após a derrota por 1 a 0, em Porto Alegre, logo na primeira rodada do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Mas, a partir daquele jogo, o Tricolor alcançou 16 jogos de invencibilidade, assumiu a liderança há quatro partidas e agora está muito próximo de conquistar o hexacampeonato brasileiro (o primeiro tricampeonato consecutivo).

Em mensagens espalhadas pela internet, os torcedores do São Paulo, a cada vitória, enviam um e-mail mostrando que o clube está em obras. Torcedores  são-paulinos, em miniatura, aparecem levando embora número 5 (em alusão a atual quantidade de títulos brasileiro) e encaixando o 6 no lugar: uma imagem já divulgada pelo Bola nas Costas, blog de humor do GLOBOESPORTE.COM, na última sexta-feira. É possível perceber que, em relação à imagem da semana passada, o 6 já está mais encaixado…

O cartaz, com uma camiseta, surgiu em 2006, logo após o São Paulo conquistar o título brasileiro após 15 anos de jejum. Na oportunidade, o departamento de marketing utilizou a estratégia, ou seja, o então 4-3-3, para lembrar dos quatro títulos brasileiros (77, 86, 91 e 2006), os três canecos da Libertadores (92,93 e 2005) e os três mundiais (92,93 e 2005).

A camisa comemorativa 4-3-3 foi um sucesso de vendas. As grandes lojas tiveram de pedir lotes extras para conseguirem atender o anseio da torcida tricolor, a terceira maior do país (atrás apenas de Flamengo e Corinthians).

5-3-3  – penta legítimo

No ano passado, após a conquista do título brasileiro, o departamento de marketing do São Paulo trouxe à tona novamente uma camisa comemorativa, agora com o 5-3-3, e provocando o Flamengo com os dizeres: penta legítimo.

A provocação do São Paulo foi feita em cima do título brasileiro de 87, que para uns pertencem ao Flamengo, e para outros ele é do Sport. A confusão aconteceu porque os grandes clubes organizaram a chamada Copa União, enquanto os clubes considerados de menor expressão disputaram o Campeonato Brasileiro organizado pela CBF.

Em busca da unificação do título, a CBF propôs que o campeão da Copa União disputaria o título com o vencedor do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, Eurico Miranda, que era o presidente do Vasco, aceitou as condições impostas pela entidade máxima do futebol brasileiro e assinou um documento que aconteceria o confronto.

Porém, os clubes não concordaram em fazer uma nova final e aclamaram o Flamengo, vencedor da Copa União, como o campeão nacional. Mas a CBF não aceitou a postura dos seus filiados e declarou o Sport, que venceu o Guarani na final, como o legítimo campeão brasileiro. O imbróglio dura até hoje na Justiça.

Apesar de a sua diretoria ter assinado o documento na oportunidade que declarava o Flamengo o campeão, os atuais dirigentes do São Paulo entendem que o Flamengo não tem cinco títulos, consideram o Sport o campeão de 87, e provocaram os flamenguistas com o 5-3-3: penta único.

Inclusive, o São Paulo pediu para a CBF entregar a taça das bolinhas, que está em poder da entidade, por ser o único pentacampeão. O Flamengo, que se puder somar o título de 87, teria sido o pentacampeão em 87, entende que o troféu é seu por direito. A confusão também persiste.

O inédito 6-3-3

Em 2008, após os fiascos no Campeonato Paulista e na Libertadores, o São Paulo capengou ao longo do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Na estréia do segundo turno, o Tricolor perdeu por 1 a 0 para o Grêmio, no Olímpico, no último dia 17 de agosto, continuou amargando a quinta colocação, fora até da zona de classificação da Libertadores, com 11 pontos a menos que o clube gaúcho, que liderava isoladamente a competição.

Mas, a partir daquela derrota, o São Paulo cresceu de produção e não perdeu mais no Campeonato Brasileiro. Atualmente, a equipe comandada pelo técnico Muricy Ramalho está invicta há 16 jogos.

Além de crescer de produção, o São Paulo foi contando com a colaboração de Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro e Grêmio, que estavam na frente na tabela de classificação, mas oscilaram em demasia ao longo do segundo turno.

Embalado, o São Paulo assumiu a liderança somente na 33ª rodada, ou seja, na 14ª partida no returno do Brasileiro, no dia 2 de novembro, na vitória por 3 a 0 diante do Internacional, no Morumbi. Foi o que bastou para a torcida começar a espalhar pela internet as mensagens que o clube estava em obras. O 5-3-3 estava se transformando em 6-3-3.

Em seguida, no 15º jogo do returno, o São Paulo venceu a Portuguesa, no Canindé, por 3 a 2, e os torcedores espalharam novamente o e-mail com a seguinte frase: faltam três semanas para o sexto título brasileiro, o inédito tricampeonato nacional. E assim sucessivamente nos jogos contra o Sport e Vasco.

Falta somente o São Paulo derrotar o Fluminense, domingo, às 17h, no Morumbi, para as previsões da torcida serem confirmadas. Na pior das hipóteses, em caso de tropeço, derrotar o Goiás, na última rodada, em Brasília, também serve.

LEMBRA DELE: Válber mata saudades da bola no showbol e não descarta retorno

Zagueiro recorda de problemas por indisciplina e exalta Telê Santana

Ampliar Foto Agência/AGÊNCIA O GLOBO Agência/AGÊNCIA O GLOBO

América foi o último time de Válber

Com grandes clubes no currículo e títulos importantes, como o Mundial de clubes duas vezes e três Libertadores, Válber, aos 41 anos, satisfaz a necessidade de jogar bola disputando o showbol. O zagueiro não joga profissionalmente desde o início do ano, quando defendeu o América-RJ. Mas ainda tem o desejo de estar em campo e por isso não se aposentou oficialmente. Se tiver uma oferta interessante, volta aos gramados.

– Saí do América porque não chegamos a um acordo. Estou jogando o Showbol e treinando para me manter em forma. Se tiver alguma proposta e for legal, aceito voltar, mas não tenho nada no momento. Não quero que pareça que estou forçando a barra. Não fico pensando sobre parar, porque é algo difícil. Vou deixar acontecer e não quero jogo de despedida – conta o zagueiro, sem fazer planos.

No Morumbi, Muricy pode receber taça como presente de aniversário

Treinador do São Paulo comemora 53 anos no próximo domingo, quando sua equipe só precisa de uma vitória sobre o Fluminense para ser campeã

Ampliar Foto Wladimir de Souza/Diário de S.Paulo Wladimir de Souza/Diário de S.Paulo

No dia em que completa 53 anos, Muricy pode se tornar tricampeão do Brasileiro

Ao longo da carreira de jogador ou treinador, Muricy Ramalho se acostumou a perder os domingos em casa com a família. O próximo, quando o São Paulo enfrenta o Fluminense, no Morumbi, poderia ser apenas mais um na rotina de técnico de um grande clube. Mas a data é especial.

Neste 30 de novembro, o comandante do Tricolor completará 53 anos, sendo boa parte deles dedicados ao futebol. E Muricy, que afirma ligar pouco para datas comemorativas, pode receber um presente e tanto de seus jogadores.

Caso o São Paulo vença o Tricolor carioca, o clube se tornará o único com três títulos do Brasileiro conquistados de forma consecutiva. Mais que isso, o São Paulo chegará a um hexacampeonato também inédito –venceu em também 1977, 1986 e 1991. No time paulistano há três anos, Muricy ajudou a construir as equipes vencedoras de 2006 e 2007. Por isso, não se importa com a possibilidade de passar seu aniversário no Morumbi, perto de quase 70 mil torcedores.

– Não ligo para isso. Se pudesse ficaria em Ibiúna, fazendo churrasco, mas tenho de trabalhar – diz o treinador.

Jean aponta Keirrison como maior rival pelo título de revelação de 2008

Volante do São Paulo diz que prefere ser campeão, mas que ficaria muito feliz caso fosse escolhido como o melhor novato da temporada

Carlos Augusto Ferrari e Julyana Travaglia São Paulo

Ampliar Foto Wander Roberto/VIPCOMM Wander Roberto/VIPCOMM

Jean na disputa para ser revelação

Em poucos meses, a vida do volante Jean, do São Paulo, se transformou. De apenas mais um jogador no centro de treinamentos de Cotia, destinado às categorias de base, o jogador virou o novo xodó do técnico Muricy Ramalho e titular absoluto do meio-campo tricolor. Agora em alta, o jogador sonha, mesmo aos 22 anos, ser eleito a revelação do Campeonato Brasileiro e até escolhe seu maior adversário.

– Primeiro, busco vitórias e depois, prêmios individuais. Prefiro o título do que ser a revelação. Mas, se alcançar isso, será uma alegria imensa – afirma.

Jean, contudo, terá de superar um rival de peso na disputa. O próprio marcador considera que o atacante Keirrison, do Coritiba, seja um dos favoritos a levar o prêmio oferecido pela Confederação Brasileira de Futebol. O jogador marcou 20 gols até o momento, um abaixo de Kléber Pereira, do Santos, artilheiro do torneio.

– Ele é um cara novo e vem fazendo muitos gols. Vi o jogo contra o Santos (Keirrison marcou quatro). Não sei se tem mais algum jogador nessa disputa – completa o marcador.

Definidos os grupos da Libertadores de 2009

Campeão brasileiro terá grupo difícil. Sport poderá encarar outro brasileiro

EFE)Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, faz pronunciamento antes do sorteio (Crédito: EFE)

LANCEPRESS!

A Conmebol sorteou nesta terça-feira os grupos da Copa Libertadores 2009. O evento, que contou com a presença de ex-jogadores como Zetti (ex-Palmeiras e São Paulo) e Palhinha (ex-Cruzeiro e Corinthians), foi realizado na sede da entidade, na cidade paraguaia de Luque, próxima a Assunção.

Atual campeão da Copa do Brasil, o Sport ficou no Grupo 1, junto com LDU de Quito/EQU, Chile 2 e o vencedor do confronto entre Brasil 5 (quarto colocado do Brasileirão-08) e Bolívia 3.

Já o campeão brasileiro, provavelmente o São Paulo, terá vida dura: está no Grupo 4, ao lado de Defensor Sporting/URU, Colômbia 2 e o vencedor do confronto entre Colômbia 3 e Peñarol/URU.

Confira abaixo todos os confrontos da primeira fase e grupos da Libertadores 2009:

Primeira fase

Colômbia 3 x Peñarol/URU
Argentina 5 x Em aberto (Peru) 3
Equador 4 x Paraguai 3
Equador 3 x Deportivo Anzoátegui/VEN
Brasil 5 (quarto colocado do Brasileirão 2008) x Bolívia 3
México 3 x Universidad de Chile/CHI

Fase de Grupos

Grupo 1
LDU de Quito/EQU
Chile 2
Sport/BRA
Brasil 5 (quarto colocado do Brasileirão 2008) ou Bolívia 3

Grupo 2
Argentina 3
Paraguai 2
Deportivo Táchira/VEN
Equador 3 ou Deportivo Anzoátegui/VEN

Grupo 3
River Plate/ARG
Nacional/URU
Em Aberto (Peru) 2
Equador 4 ou Paraguai 3

Grupo 4
Brasil 1 (campeão brasileiro de 2008)
Defensor Sporting/URU
Colômbia 2
Colômbia 3 ou Peñarol/URU

Grupo 5
Brasil 3 (terceiro colocado do Brasileirão 2008)
Universidad de Sucre/BOL
Equador 2
Argentina 5 ou Em Aberto (Peru) 3

Grupo 6
Lanús/ARG
Everton/CHI
Caracas/VEN
México 2

Grupo 7
Brasil 2 (vice-campeão brasileiro de 2008)
Aurora/BOL
Boyacá Chicó/COL
México 3 ou Universidad de Chile/CHI

Grupo 8
Argentina 4
Libertad/PAR
Em Aberto (Peru) 1
San Luis/MEX

Anderson não fala mais em sair do Tricolor

Jogador cogitou deixar o clube, mas tem vínculo até o fim da Libertadores

LANCEPRESS!

O zagueiro Anderson já não cogita mais deixar o Tricolor. Há duas semanas, o jogador mostrou-se insatisfeito com o fato de, em algumas partidas, não estar indo nem para o banco de reservas. No entanto, bastou ser titular contra Figueirense e Vasco, nas duas últimas rodadas do Brasileirão, que a opinião dele mudou.

– Tenho contrato com o São Paulo até o final da Libertadores do ano que vem e vou cumpri-lo. Não recebi propostas agora porque todos sabem que estou empregado e tenho um vínculo – ressaltou o jogador, que ainda tem compromisso com o Lyon, da França, até a metade de 2011.

Com o retorno de Rodrigo, após suspensão pelo terceiro amarelo, Anderson vai voltar para a reserva.

Muricy pode ser outro tricampeão seguido

Apenas Rubens Minelli, referência do técnico são-paulino, tem essa marca

Muricy acompanha treino do São PauloMuricy acompanha treino do São Paulo (Crédito: Eduardo Viana)

LANCEPRESS!

O técnico Muricy Ramalho pode ser o segundo técnico a ser tricampeão seguido do Campeonato Brasileiro. Mais do que isso, pode igualar o feito do treinador que tem como referência, Rubens Minelli.

O comandante dirigiu o Internacional na conquistas de 75 e 76, além do São Paulo em 77. Já Muricy ganhou o título em 2006 e 2007. O terceiro pode vir com uma vitória neste domingo, contra o Fluminense, no Morumbi.

– Legal ser campeão, pelo título que você disputa. Para mim foi o técnico mais completo que eu conheci (Minelli). Ele começou a mudar a parte tática. Chegar perto de um cara como esse você realmente fica satisfeito, sei que ele está torcendo para mim porque ele me falou e se Deus achar que isso será para mim, será ótimo – contou o treinador.

Minelli é o segundo treinador com mais títulos nacional, ao lado de Ênio Andrade (campeão em 79, 81 e 85). Os dois estão atrás apenas de Vanderlei Luxemburgo, que levantou o caneco em 93, 94, 98, 2003 e 2004. Em caso de vitória no domingo, Muricy também entrará para o seleto grupo.