Muricy Ramalho elogia contratação de Ronaldo

Treinador vê evolução no futebol brasileiro com chegada do Fenômeno

Muricy vê futebol paulista mais forte com o Fenômeno Foto: Miguel Schincariol

A contratação de Ronaldo pelo Corinthians já repercutiu dentro do rival São Paulo. Mas, ao contrário do que muitas pessoas poderiam imaginar, o técnico do clube, Muricy Ramalho parabenizou o adversário e desejou sucesso para o Fenômeno no Timão.

– É ótimo para o futebol paulista que um jogador como ele venha, isso fortalece os clubes cada vez mais. Trata-se de um fenômeno reconhecido mundialmente pelo que já fez no futebol – elogiou Muricy.

Ronaldo é a segunda contratação de impacto mundial por um clube paulista em menos de um ano. Antes do Corinthians assinar com o Fenômeno, o São Paulo trouxe o atacante Adriano para o Morumbi por empréstimo de seis meses para a disputa da Libertadores e do Campeonato Paulista.

Apesar da euforia instantânea causada pela chegada do atacante, Muricy pede para que as pessoas tenham paciência com o jogador, que se recupera de mais uma grave lesão no joelho e ainda está longe das condições físicas ideais.

– Precisamos esperar um pouco e dar tempo para ele se recuperar, temos que conter as expectativas por conta da parte física delicada em que ele se encontra, mas tenho certeza que um jogador da qualidade dele não se arriscaria a assinar um contrato sem estar bem – concluiu.

São Paulo estuda reforços para 2009

Wagner Diniz é o primeiro nome, mas diretoria não deve parar por aí

Wagner Diniz foi o primeiro a chegar. Vem mais por aí… Foto: Paulo Wrencher

Depois do título nacional, agora é hora de o São Paulo começar a pensar em 2009. O primeiro reforço é Wagner Diniz e outros devem chegar, apesar da diretoria não divulgar os nomes.

Mas é bom o Tricolor começar a pensar em segurar os jogadores do elenco atual, mesmo os que têm contratos longos com o clube. Na festa do título, o assunto já começou a ser comentado. Ao lado de Borges, perguntado se ali estava a dupla de 2009 do Tricolor, Dagoberto respondeu de prontidão.

– O homem (em relação ao presidente Juvenal Juvêncio) é quem decide isso. Vamos sentar para conversar e ver o que acontece – analisou o atacante, que tem contrato com o Tricolor até abril de 2012.

– Fomos a dupla deste ano, em 2009 ainda não sabemos, mas espero que sim – completou Borges.

Três jogadores têm situação mais complicada. Zé Luis tem contrato até o meio do ano que vem, enquanto Hugo e Borges até o fim.

Com isso, a probabilidade é de que o trio seja procurado já no começo de 2009 para que os contratos sejam renovados, já que esta é a política do clube para não perder jogadores importantes sem ganhar nenhum dinheiro por eles.

A valorização dos jogadores é perigosa neste momento. Em evidência, os são-paulinos passam a ser alvos de clubes do exterior, daí a necessidade do planejamento para mantê-los.

– Nunca escondi o desejo de jogar na Europa, em um grande centro. Se a proposta for boa para mim e para o clube, conversamos – disse Hugo.

Já pensando no Paulistão, Libertadores e no hepta, montar um elenco forte passa a ser o objetivo do São Paulo. Para isso, contratar e manter as peças importantes do hexa é primordial. Os jogadores já começam a falar do assunto, a diretoria sabe o que fazer. Os torcedores agradecem.

Rogério Ceni enche a bola do artilheiro tricolor: ‘Deus perdoa, Borges, não’

Capitão tricolor elogia o desempenho do atacante nas últimas seis partidas do Campeonato Brasileiro, quando ele marcou oito gols

Agência/Estado

Rogério Ceni credita o título brasileiro a boa fase de Borges

O goleiro Rogério Ceni vai curtir suas férias acreditando que dias melhores virão com a camisa do São Paulo em 2009. Depois de declarar, mais uma vez, o seu amor pelo clube, o primeiro tricampeão brasileiro e o único hexacampeão nacional, ele encheu a bola do artilheiro Borges. O capitão tricolor lembrou que nas últimas seis partidas, o atacante balançou as redes dos adversários oito vezes, foi decisivo para o time e poderá repetir a dose na Libertadores.

– No São Paulo, os jogadores estão brincando com a ótima fase do nosso artilheiro. Todo mundo vem comentando que Deus perdoa, Borges, não. Se a bola sobrar para ele dentro da área, pode apostar que é gol. Acreditamos nele na próxima Libertadores – afirma o capitão tricolor.

O que deixou Rogério Ceni animado foi o crescimento de produção de Borges justamente no momento em que o São Paulo mais precisou de um artilheiro. Nas últimas seis rodadas, o atacante passou em branco apenas na vitória em cima do Vasco por 2 a 1, em São Januário. Ele marcou um no Internacional (3 a 0), três na Portuguesa (3 a 2), dois no Figueirense (3 a 1), um no Fluminense (1 a 1) e o único gol na vitória diante do Goiás, no último domingo, na cidade satélite do Gama, no Distrito Federal.

– A média de gols do Borges na fase decisiva do Campeonato Brasileiro foi impressionante. Poucos jogadores conseguiram fazer tantos gols em rodadas decisivas. Não é qualquer um que marca oito gols em seis partidas – elogia Rogério Ceni.

Apesar da alegria por ter conquistado mais um título em sua vasta coleção com a camisa do São Paulo, Rogério Ceni já pensa em 2009. Ao ser perguntado qual o seu próximo objetivo, o goleiro bateu de primeira.

– O título que falta para mim é o do próximo campeonato. E espero contar com a ajuda do Borges – brinca o goleiro.

Craque Brasileirão premia melhores de 2008

São Paulo foi o grande vencedor da premiação, levando quatro categorias

O volante Hernanes, do São Paulo, foi eleito o craque do campeonato. (Crédito: Júlio César Guimarães)

O prêmio Craque Brasileirão 2008, que aconteceu na noite desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, premiou os melhores jogadores de cada posição assim como o melhor técnico, melhor árbitro, artilheiros, revelação e Rei da Bola do Campeonato Brasileiro 2008. Em cada categoria, disputaram três finalistas.

Ao final da premiação, a seleção dos melhores do Brasileirão ficou assim: Vitor (Grêmio), Léo Moura (Flamengo), Thiago Silva (Fluminense), Miranda (São Paulo), Juan (Flamengo); Hernanes (São Paulo), Ramires (Cruzeiro), Diego Souza (Palmeiras), Alex (Internacional); Kléber Pereira (Santos) e Alex Mineiro (Palmeiras). Técnico: Muricy Ramalho (São Paulo).

Os atacantes Keirrison (Coritiba), Kléber Pereira (Santos) e Washington (Fluminense) também subiram ao palco para receberem a premiação por terem sido os artilheiros do Nacional, com 21 gols cada. Keirrison também foi eleito a revelação do competição. Já Hernanes foi eleito o Rei da Bola, como o melhor jogador do Brasileirão.

O melhor árbitro do Nacional foi eleito, pelo quarto ano consecutivo, o gaúcho Leonardo Gaciba.

Antes da premiação, festa do São Paulo, equipe campeã do Brasileirão 2008, com direito a clipe homenageando a conquista. Os jogadores receberam medalhas pelo título e o capitão Rogério Ceni recebeu a taça das mãos do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. O presidente do clube, Juvenal Jovêncio, discussou e recebeu um cheque no valor de R$ 1,5 milhão que será dividido entre o elenco.

Também o Corinthians e o Atlético Goianiense foram homenageados pelo título da Série B e da Série C, respectivamente.

Confira o resultado da premiação e os concorrentes de cada categoria:

Melhor goleiro:

1º Victor, do Grêmio
2º Rogério Ceni, do São Paulo
3º Marcos, do Palmeiras

Melhor lateral-direito

1º Leo Moura, do Flamengo
2º Vítor, do Goiás
3º Élder Granja, do Palmeiras

Melhor zagueiro direito

1º Thiago Silva, do Fluminense
2º André Dias, do São Paulo
3º Fábio Luciano, do Flamengo

Melhor zagueiro esquerdo

1º Miranda, do São Paulo
2º Ronaldo Angelim, do Flamengo
3º Réver, do Grêmio

Melhor lateral-esquerdo

1º Juan, do Flamengo
2º Leandro, do Palmeiras
3º Kleber, do Santos

Melhor volante direito

1º Hernanes, do São Paulo
2º Rafael Carioca, do Grêmio
3º Pierre, do Palmeiras

Melhor volante esquerdo

1º Ramires, do Cruzeiro
2º Guiñazu, do Internacional
3º Diguinho, do Botafogo

Melhor meia-direita

1º Diego Souza, do Palmeiras,
2º Tcheco, do Grêmio,
3º Ibson, do Flamengo

Melhor meia-esquerda

1º Alex, do Internacional
2º Wagner, do Cruzeiro
3º Lucio Flavio, do Botafogo

Melhor atacante 1

1º Kléber Pereira, do Santos
2º Guilherme, do Cruzeiro
3º Keirrison, do Coritiba

Melhor atacante 2

1º Alex Mineiro, do Palmeiras
2º Nilmar, do Internacional
3º Kléber, do Palmeiras

Melhor técnico

1º Muricy Ramalho, do São Paulo
2º Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras
3º Celso Roth, do Grêmio

Revelação

1º Keirrison, do Coritiba
– Marquinhos, do Vitória
– Jean, do São Paulo

Melhor árbitro

1º Leonardo Gaciba
2º Leandro Vuaden
3º Carlos Eugênio Simon

Rei da bola

1º Hernanes, do São Paulo
– Alex, do Internacional
– Kléber Pereira, do Santos

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Rogério Ceni projeta Libertadores e quer reforços

Goleiro e capitão do São Paulo espera grupo ainda mais forte em 2009

Rogério celebra hexa no fim do jogo contrá o Goiás, mas já quer Libertadores (Foto: Tom Dib)

O goleiro Rogério Ceni fez muita festa ao final do jogo contra o
Goiás, neste domingo. Viu seu time vencer por 1 a 0, comemorou o
hexacampeonato nacional e levantou a taça (não a oficial) do
Brasileiro. Depois, porém, tratou de projetar 2009 e pedir um esforço
da diretoria no sentido de contratar bons reforços para a disputa
internacional.

– Espero que o São Paulo possa investir, ainda não
nos associamos a investidores ou empresas de grande porte. O clube
caminha com as próprias pernas, e por isso tenho certeza de que a
diretoria está estudando contratações em posições carentes. Torço para
que, dentro dos planos possíveis, a diretoria possa contratar as
melhores opções para nós – ressaltou o camisa 1 e capitão são-paulino.

Na
metade do ano, quando o São Paulo tinha dificuldades de chegar ao G4, o
goleiro deu uma declaração polêmica. Na ocasião, Ceni disse que não
queria disputar a Copa do Brasil e jogar em estádios no Norte do país.
Neste domingo, o goleiro fez questão de relembrar o que disse e
explicou os motivos de o clube não poder ficar fora da Libertadores.

–
As pessoas tentam encarar isso como um desprezo à Copa do Brasil. É um
campeonato ótimo de se jogar, mas pelo investimento e estrutura do São
Paulo é inviável ficar fora da Libertadores. Isso seria sentido por
cada atleta, pelo torcedor. Por tudo que é oferecido para a gente, não
temos o direito de ficar fora da maior competição da América do Sul –
disse Rogério Ceni, lembrando também a superação da equipe neste
Nacional:

– Todos diziam que, dos três títulos, esse foi o que
teve a equipe menos técnica, que dá menos espetáculo. Mesmo assim
buscamos e por isso acredito que já temos um grupo forte.

São-paulinos elegem Hernanes craque do Brasileirão

Para Miranda, meia foi decisivo. Hernanes adota humildade

Para elenco tricolor, Hernanes foi o grande craque do Brasileirão (Foto: Tom Dib)

Sem dúvida, o meia Hernanes teve seu grande ano no São Paulo. Jogando mais avançado, fazendo gols e chegando à Seleção brasileira, o camisa 15 é candidato ao título de melhor jogador do Brasileirão. Após a conquista do hexacampeonato nacional neste domingo, com a vitória de 1 a 0 sobre o Goiás, Hernanes rechaçou o título de craque do campeonato.

– Minha parte eu fiz, de ajudar o São Paulo a ser tricampeão. Era o que eu mais queria. Me sinto com o dever cumprido, sinto que fui importante, mas todos foram – explicou o camisa 15, feliz com a indicação para a premiação da CBF:

– Já é uma honra estar participando desse prêmio, e se vier vai coroar ainda mais este ano, que já é o melhor da minha vida.

A competência de Hernanes também é reconhecida pelo grupo. Afinal, sem o camisa 15, na Olimpíada, o São Paulo viveu momentos difíceis e só reagiu após o retorno dele e a formação da dupla com Jean.

– Hernanes é um grande um jogador, facilita muito a vida do nosso time. Mas claro que o título não foi só por conta dele. Essa é uma equipe que sempre buscou as vitórias, com ou sem o Hernanes. Mas o craque do campeonato é ele – definiu o zagueiro Miranda.

Às lágrimas, Muricy agradece apoio da torcida

Treinador se emociona com hexa e relembra dificuldades do ano

Muricy, o rei da galera Tricolor Foto: Tom Dib

Mais uma vez ovacionado pela torcida, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, não agüentou a emoção e foi às lágrimas com a confirmação do hexacampeonato nacional. Debaixo de chuva, o técnico fez questão de correr em direção aos são-paulinos e agradecer todo o apoio durante o difícil ano para o Sampa.

Realmente o ano passou longe de águas calmas no Morumbi. Após as quedas na Libertadores e no Paulista, o treinador teve mais uma vez o seu trabalho questionado pela diretoria. A diferença para os anos anteriores é que o time não conseguia emplacar e deu a impressão de que não reagiria a tempo de brigar para o título.

– Agradeço muito ao Juvenal, que me deu força na hora em que mais precisei, e à torcida, que nunca deixou de me apoiar e reconhecer o meu trabalho – desabafou o treinador.

Muricy reconheceu que 2008 foi o ano em que mais teve que trabalhar no clube, mas a persistência do treinador, muitas vezes questionado por seu jeito algumas vezes áspero no trato com a imprensa, foi decisiva para tirar o São Paulo da modesta 6ª colocação e levá-lo a mais um título, o mais difícil de todos.

– Preciso descansar um pouco, estou muito cansado, muito mesmo. Esse ano foi muito difícil, muito duro. Fui macho pra caramba, meu irmão! – comemorou, ao lembrar das dificuldades enfrentadas.

Com o hexa garantido, Muricy iguala-se ao treinador Rubens Minelli como tricampeão consecutivo (75 e 76 com o Inter e 77 com o São Paulo) e leva o Sampa pela primeira vez a três conquistas seguidas em sua história.

Diretor do São Paulo anuncia Wagner Diniz

Tricolor quer reeditar esquema de 2005. Lateral deve ser apresentado em janeiro, com o restante do elenco

Wagner Diniz é o primeiro reforço do São Paulo para 2009 (Foto: Paulo Sergio)– Agora, sim, eu posso confirmar. Ele é nosso!

A frase do diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes anuncia que Wagner Diniz é o primeiro reforço do São Paulo para 2009. O acerto foi feito em setembro, mas a diretoria tricolor temia por retaliações da torcida vascaína ao jogador, caso vazasse, uma vez que o clube carioca já passava por um mau momento.

Na época, Wagner Diniz também despistou, mas admitiu o sonho de vestir a camisa são-paulina ao fim do seu contrato, que se encerra no próximo 31 de dezembro. A diretoria espera que o lateral preencha uma posição carente desde que Cicinho deixou o clube, no fim de 2005.

Desde então, o lado direito foi palco de alguns sucessos – Souza e Ilsinho, improvisos – Breno e André Dias, e muitos fracassos: Éder, Jancarlos, Reasco, entre outros.

Wagner Diniz deve se apresentar dia 10 de janeiro, data inicialmente marcada para que o grupo reinicie atividades visando ao Paulista e à Libertadores. Ele chega da mesma maneira que tem marcado as contratações nos últimos anos: no fim de seu contrato, sem que o presidente Juvenal Juvêncio precise desembolsar valores financeiros para contratá-lo (a não ser os salários).

A intenção é reeditar taticamente o time que conquistou a Libertadores e o Mundial em 2005, com dois alas rápidos, um meia que sirva os companheiros e um centroavante goleador. Por isso, o São Paulo corre atrás da versão canhota de Wagner Diniz. Júnior César, do Fluminense, é um dos cotados, mas divide opiniões entre diretoria e comissão técnica. Seu contrato também está por terminar.

Para o meio-de-campo e ataque, apesar do sucesso de Hugo e Borges, artilheiros da equipe no Brasileirão, o clube procura opções. O argentino Conca, do Fluminense, é o favorito a atuar na armação.

Símbolo do hexa, Borges celebra melhor ano

Atacante fez 26 gols e foi titular até quando Adriano estava no clube

Borges faz a merecida festa após a conquista do hexa (Foto: Tom Dib/Lancepress!)

Borges é o símbolo da superação são-paulina na temporada 2008. Goleador nato, mas desacreditado no início do ano, o camisa 17 deu a volta por cima e foi decisivo para o hexacampeonato nacional do Sampa. Neste domingo, foi dele o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Goiás. Consagração plena para o artilheiro tricolor no ano: 26 gols.

– Acabou, acabou! E com gol meu! – gritava um Borges em êxtase, logo após o apito final, para depois falar com mais calma:

– No início do ano, eu estava de férias e o São Paulo contratou o Adriano. Ninguém falava mais em Borges, por isso conversei com minha mulher e pensei em sair. Achava que não valeria a pena passar por tudo de novo. Mas dentro da igreja, um irmão falou que este seria o meu ano. Disse que eu só tinha de trabalhar. E se cumpriu. Foi o melhor ano da minha carreira.

Foi mesmo. Além dos 26 gols, dobro do que havia conseguido no ano anterior, o atacante conseguiu se firmar como titular em meio a várias contratações para a linha de frente tricolor. Além de Adriano, chegaram Éder Luis e André Lima. Nenhum conseguiu tomar a vaga do ‘Trabalhador’, como ele mesmo se apelidou nos tempos de Adriano ‘Imperador’. Com uma temporada tão boa, o atacante já pensa na valorização dentro do clube.

– Eu tenho contrato até 2009, mas quando a gente conquista um título acontece a valorização dos atletas. Não sei se eu continuo no ano que vem, mas fico se Deus quiser – explicou o atacante, que mandou mensagem até para quem secou o clube na campanha deste ano:

– Era muita gente torcendo contra, mas quem falou, falou. Vão ter de aplaudir mais uma vez o São Paulo.

São Paulo bate Goiás e fatura o hexa do BR-08

Resultado garante sexto título e confirma dinastia Tricolor no país

Jogadores comemoram o gol de Borges. Sampa é Hexa! Foto: Tom Dib

Foram 38 rodadas de expectativa, mas este domingo foi dia do torcedor são-paulino finalmente soltar o grito de campeão brasileiro. A vitória sobre o Goiás garantiu o terceiro troféu consecutivo ao clube do Morumbi e o sexto da história do clube, aumentando a dinastia paulista no cenário nacional.

Além da dura trajetória até a conquista, o São Paulo precisou exorcizar seus fantasmas do primeiro semestre, quando caiu na Libertadores e no Paulista e quase viu seu reinado nos pontos corridos ruir ante os rivais. Foi necessária muita paciência para acreditar que os comandados de Muricy Ramalho dariam a volta por cima, mas valeu a pena acreditar.

Mas hoje é dia de festa no Morumbi e os são-paulinos já esqueceram das frustrações que levaram os torcedores às lágrimas, porque neste domingo as lágrimas que escorrem da nação tricolor são de alegria e redenção. O sexto título nacional dá à massa vermelha, preta e branca a certeza de que, no momento, não existe clube maior e mais vencedor que o São Paulo.

As cores da conquista ganharam tons mais vivos quando Borges abriu o marcador, em impedimento, após cobrança de falta de Rogério Ceni. O gol ajudou a acalmar o time, que mostrou postura mais firme em campo do que a apresentada no frustrante empate contra o Fluminense, no Morumbi. Mesmo sem jogar um grande futebol, o Sampa foi impecável na marcação e não deu qualquer chance do Goiás criar perigo à meta de Rogério Ceni.

Após do gol solitário, foi só o hexacampeão administrar a partida e correr para o abraço. Agora, os são-paulinos curtem a merecida festa e esperam ansiosamente pelo próximo ano, porque Muricy Ramalho, Borges, Rogério Ceni e cia transformaram a massa Tricolor em uma torcida sedenta por títulos.

Será que vem hepta por aí?

Que ninguém seja louco de duvidar.
FICHA TÉCNICA:
GOIÁS 0 X 1 SÃO PAULO

Estádio: Bezerrão, Gama (DF)
Data/hora: 07/12/2009 – 17h (de Brasília)
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (Fifa-SC)
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (Fifa-RN) e Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA).
Renda/público: não divulgados
Cartões amarelos: Rodrigo (SPO); Paulo Baier, Vítor, Henrique, Rafael Marques (GOI)
GOLS: Borges, 22′/1ºT (0-1)

GOIÁS: Harlei, Ernando, Henrique e Rafael Marques; Vitor, Ramalho, Fahel (Romerito, 28′/2ºT), Paulo Baier, Júlio César (Adriano Gabiru, 1′/2ºT) e Thiago Feltri; Fausto (Alex Terra, 18′/2ºT). Técnico: Hélio dos Anjos.

SÃO PAULO: Rogério Ceni, André Dias, Rodrigo e Miranda; Joilson (Jancarlos, 36′/2ºT), Richarlyson, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto (Bruno, 39′/2ºT) e Borges. Técnico: Muricy Ramalho.